Saúde bucal e gravidez

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gestantes e bebês

Há cada vez mais evidências que sugerem a existência de uma relação entre as doenças gengivais e partos prematuros, além de nascimento de bebês de baixo peso.

A enfermidade gengival mais comum é a gengivite, provocada pelo acúmulo de placa bacteriana depositada entre os dentes. A prevenção é feita por meio da higiene bucal, com técnica de escovação correta, uso do fio dental diariamente; alimentação saudável e equilibrada; e visitas periódicas ao dentista, reduzindo os problemas dentários que acompanham a gestação.

A mulher não perde cálcio durante a gestação. O cálcio necessário para a formação dos dentes do bebê provém da alimentação da gestante. Uma dúvida muito comum no período gestacional é sobre a possibilidade de a mulher perder a dentição e ter cáries. Este fato é mito, a cárie e a perda de dentes são provocadas pela alimentação desregulada, rica em carboidratos e pela falta de higiene bucal.

Os micro-organismos que causam a periodontite (doença que provoca a perda óssea e mobilidade dental) percorrem a corrente sanguínea, estimulando a produção de prostaglandina (substância hormonal), provocando contrações uterinas e acelerando o trabalho de parto.

Traumatismo dentário em dentes de leite

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mordida aberta

O traumatismo dentário é um problema comum provocado por um impacto externo sobre o tecido dental e pode causar dor e danos emocionais à criança devido ao comprometimento estético.

O risco é maior entre os 18 e 30 meses de idade, período em que as crianças começam a andar e correr sozinhas e ainda não possuem um bom equilíbrio e coordenação.

As causas mais comuns são quedas e acidentes em casa, na escola e em parques de diversão. Crianças que possuem mordida aberta anterior (quando os dentes da frente superiores não tocam os inferiores) e dentes superiores mais para frente que os inferiores têm maior risco de sofrerem traumas nos dentes. Nos dois casos o lábio superior não protege os dentes, aumentando o risco de traumatismo.

A melhor forma de prevenção é estar perto da criança na fase em que estiver aprendendo a andar e correr, uso de equipamentos de proteção em crianças que vão andar de bicicleta ou patins, tomar cuidado com brincadeiras na piscina e no momento de sair dela, uso de protetores bucais em esportes de contato, uso de assentos especiais para crianças em carros e cinto de segurança.

Se mesmo com todos os cuidados ocorrer um traumatismo dentário procure um cirurgião dentista o mais breve possível, mesmo se o dano for mínimo. Somente o clínico poderá avaliar a extensão que o problema pode ter causado ao dente de leite, ao permanente (que se forma por baixo do de leite) e à cavidade bucal. Em casos de fratura do dental, guarde a parte do dente que ficou solta em um copo de leite ou soro fisiológico.

Fissura Labiopalatal

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A abertura no lábio ou no palato (céu da boca) é um defeito congênito estabelecido precocemente na vida intrauterina, mais precisamente no período embrionário e no princípio do desenvolvimento do feto até a décima segunda semana da gestação.

Em casos mais raros pode ocorrer dos dois lados, ou seja, uma fissura do lado direito e outra do lado esquerdo.

Não existem muitas explicações sobre a prevenção e a causa hereditária ou predisposição genética desta deformidade. O diagnóstico pode ser feito por meio de ultrassom entre o quarto e o quinto mês de gestação ou ainda logo após o nascimento, no exame clínico do recém-nascido.

Não é possível tratar a fissura labiopalatal na vida intra uterina, nem prevenir a deformidade. Após o diagnóstico é importante encaminhar os pais, a família e o paciente a um centro especializado em anomalias craniofaciais para receber orientações e cuidados com o bebê.

O acompanhamento médico é de extrema importância na prevenção de infecções nas vias respiratórias e orelha média. Há várias etapas terapêuticas e cirúrgicas envolvendo uma equipe multidisciplinar que acompanhará o paciente, dependendo do caso até os vinte anos de idade.

Os bebês têm dificuldades durante amamentação, fala e em alguns casos posicionamento dos dentes. Não existe urgência para que seja realizada a cirurgia assim que a criança nasce, deve ser feita quando o bebê apresentar boas condições físicas. Isto é possível somente após a avaliação de um cirurgião plástico especializado no assunto.

A prevalência deste defeito congênito é de um a dois indivíduos brancos para cada mil nascimentos, representando uma das malformações mais prevalentes no ser humano.

Câncer Bucal

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Surgem dez mil novos casos de câncer de boca no Brasil a cada ano. A cura pode ser total quando o diagnóstico é realizado precocemente. Porém, infelizmente a maioria dos pacientes só procuram um cirurgião-dentista quando a lesão está em estágio avançado.

O principal sintoma do câncer bucal é o aparecimento de feridas que não cicatrizam em uma semana. Manchas vermelhas, brancas ou pretas, dificuldade de deglutição (engolir) e sangramento também são fatores importantes.

O câncer de boca pode atingir os lábios e a cavidade oral (gengiva, língua, parte interna das bochechas, assoalho e céu da boca). Em estágios avançados da doença algumas pessoas apresentam dificuldade para falar, engolir e mastigar.

A grande maioria dos pacientes que apresentam câncer bucal fumam e ingerem bebidas alcoólicas com frequência.

O auto exame é de fundamental importância para a detecção precoce de lesões que não cicatrizam em até duas semanas. Em frente ao espelho os pacientes podem olhar a língua, bochecha, lábios e gengiva.

Sempre examinamos a face (exame extra-oral) e todos os tecidos intra-orais (além dos dentes) nas consultas para o diagnóstico precoce de qualquer lesão que possa aparecer em nossos pacientes.

Perda precoce dos dentes de leite

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O processo de desenvolvimento da dentição decídua (de leite) e da permanente é dinâmico e envolve diversos fatores (hereditários, sistêmicos, locais e ambientais).

A dentição decídua normalmente fica completa aos três anos de idade e envolve vinte dentes. Estes são substituidos um a um por dentes permanentes. A maioria das crianças perde os primeiros dentes decíduos aos seis anos e os últimos aos doze.

O período de troca é longo, acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança como um todo, incluindo os ossos da boca. A antecipação ou atraso em alguns meses é considerada normal. Porém quando o desvio de tempo for muito grande é importante a análise do dentista, com a realização de radiografias e exame clínico.

A troca ocorre primeiro nos dentes inferiores e depois nos superiores. Em ambas as arcadas os dentes vão surgindo em pares e por volta dos seis anos de idade surgem quatro dentes permanentes atrás dos últimos dentes deciduos (sem ocorrer a perda de nenhum dente de leite no lugar), são os primeiros molares permanentes. Os pais devem ficar atentos e redobrarem os cuidados com a higiene nestes dentes.

As crianças estão desenvolvendo-se cada vez mais rápido e é normal que a troca da dentição acompanhe este desenvolvimento.

 

Cárie dentária

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As bactérias encontradas normalmente na cavidade bucal transformam restos de alimentos que ficam aderidos aos dentes em ácidos (formados por um processos de fermentação).

Estes ácidos atacam o esmalte dos dentes, corroendo-o e provocando a formação de lesões de cárie e inflamação gengival.

No início a cárie não tem sintomas, porque só atinge o esmalte (camada mais dura e menos sensível dos dentes). Se não tratada a lesão avança em direção à dentina (camada mais profunda e sensível), causando dor. Caso não ocorra o tratamento neste estágio, pode ocorrer o envolvimento da polpa e canal do elemento dentário havendo a necessidade do tratamento endodôntico (de canal) para evitar a formação de abcessos (bolsas de pus) e lesões ósseas.

Para previnir a formação de lesões de cárie é necessária a escovação dos dentes após as refeições; uso do fio dental no mínimo uma vez ao dia e de preferência antes de dormir (para a remoção dos restos alimentares e placa bacteriana nos locais onde a escova não alcança); evitar o consumo frequente de bebidas e alimentos açucarados (principalmente os que aderem à superfície dental) e dar preferência aos alimentos ricos em fibras (estimulam a salivação contribuindo para diminuir a acidez da boca).

É de fundamental importância também a profilaxia (limpeza) profissional e aplicação de flúor no consultório odontológico semestralmente para diminuir o risco de lesões de cárie e realizar o diagnóstico precoce destas, proporcionando um tratamento mais conservador, com ênfase na prevenção.

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Clareamento dental somente com supervisão profissional

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sorriso

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que a venda dos clareadores dentais com concentração superior a 3% de peóxido de hidrogênio poderá ser realizada somente com prescrição dos cirurgiões-dentistas.

O objetivo é alertar a população das consequências negativas que o uso indiscriminado do produto pode causar para a saúde.

Fazer um clareamento sem acompanhamento e supervisão de um profissional pode levar ao desenvolvimento de hipersensinbilidade, manchas nos dentes, alterações irreversíveis na polpa (tecido interno dos dentes), lesões na gengiva, na bochecha, alterações da superfície do esmalte, reabsorção radicular, dano periodontal, etc.

Diversos fatores podem causar o amarelamento dos dentes como alimentação, fumo, má higienização, escurecimento natural pela idade, entre outros. Entretanto a busca pela beleza por meio de cremes clareadores e receitas caseiras pode provocar riscos desnecessários. Ao fazer o clareamento por conta própria o resultado pode ser totalmente contrário ao pretendido e ainda haverá a necessidade de fazer tratamentos para reverter esses problemas.

Dor Orofacial e Disfunção Temporomandibular

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Disfunção Temporomandibular (DTM) é o conjunto de alterações que envolvem principalmente a articulação temporomandibular (ATM-articulção responsável pelos movimentos da mandíbula) e os músculos que trabalham nos movimentos mandibulares.

Esta disfunção pode vir acompanhada de dor orofacial (DOF), inclusive dores de cabeça. O mesmo paciente pode apresentar mais de um tipo de DTM e de DOF, dificultando o diagnóstico.

A DTM e a DOF podem ser causadas por hábitos orais parafuncionais (roer unhas, mascar chicletes, apertar os dentes ou morder objetos com frequência), fatores genéticos, estado emocional e trauma de cabeça e pescoço.

Estas condições podem atingir todas as faixas etárias, mas afetam com maior frequência mulheres jovens. O tratamento é feito de acordo com o tipo de DTM/DOF que o paciente apresenta e pode ser indicado o uso de placa de mordida acrílica para aliviar os sintomas.

Diabetes e infecções bucais

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O diabetes é uma doença metabólica que tem como característica a hiperglicemia (aumento do nível glicêmico no sangue).

Os tipos mais comuns são: tipo I (manifestado precocemente, pode estar relacionado à produção de anticorpos que atuam no pâncreas, reduzindo a produção de insulina-hormônio responsável pela entrada de glicose nas células), tipo II (normalmente tem início na idade adulta e está relacionado à resistência das células à insulina) e gestacional (tem início durante a gravidez e pode regredir após o parto).

Nos três tipos ocorre a redução da entrada de glicose nas células, levando a hiperglicemia que é prejudicial aos pacientes, podendo provocar alterações em diferentes pontos do organismo, apresentando efeitos que interferem intensamente na resposta fisiológica, no sistema vascular periférico, na resposta inflamatória, sistema imunológico e na reparação tecidual.

Esses efeitos fazem com que os diabéticos fiquem mais suscetíveis à infecções, incluindo as da cavidade oral. A doença periodontal (infecção crônica que acomete as estruturas de suporte dos dentes e quando não tratada pode provocar a perda dental) é altamente prevalente em diabéticos. Nestes pacientes o controle deficiente da placa bacteriana pode favorecer a ocorrência de periodontite com maior severidade e velocidade de progressão do que em indivíduos não diabéticos.

Em diabéticos não diagnosticados ou mal controlados podemos observar abcessos periodontais, levando à destruição do tecido ósseo ao redor dos dentes, podendo interferir na futura manutenção destes. A doença periodontal favorece também o aumento da glicemia nestes pacientes e o tratamento periodontal favorece a estabilização da glicemia. Portanto é muito importante diagnosticar e tratar a doença periodontal, principalmente em indivíduos diabéticos.

No diabetes não controlado também são comuns a diminuição do fluxo salivar e queimação da língua e/ou boca, favorecendo a ocorrência de infecções oportunistas. Assim é importante o aprimoramento da comunicação entre médicos, endocrinologistas e dentistas (principalmente periodontistas) para promover um tratamento de qualidade em pacientes diabéticos com ênfase na prevenção aos danos bucais e sistêmicos (do corpo).

 

Facetas laminadas

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sorriso

As facetas podem ser feitas em porcelana, compostos cerâmicos ou resinosos e permitem recuperar a simetria, modificar a cor, formato, textura e posicionamento dental, devolvendo a harmonia aos sorrisos.

Normalmente são realizadas por meio de moldagens e envio para laboratórios de prótese, mas podem ser confeccionadas com a aplicação de resina composta fotoativada diretamente aos dentes, sem desgastes dos mesmos.

As facetas indiretas são confeccionadas através de um planejamento adequado, preparo dental, acompanhamento detalhado das etapas laboratoriais e extremo cuidado na cimentação.

A “lente de contato” consiste em uma fina camada de porcelana (em torno de 0,2mm) aplicada sobre a superfície dental para recobrir dentes manchados, amarelados ou levemente desalinhados. A vantagem em relação às facetas indiretas convencionais é que não há necessidade de desgaste dos dentes. No entanto, a peça deve ser muito bem planejada para não ocorrer o sobrecontorno gengival que pode acarretar na inflamação da gengiva por causa da dificuldade de higienização.

Nós sempre avaliamos as possibilidades mais conservadoras de acordo com cada caso clínico, harmonizando sorrisos com a integração da estética e saúde bucal.