A abertura no lábio ou no palato (céu da boca) é um defeito congênito estabelecido precocemente na vida intrauterina, mais precisamente no período embrionário e no princípio do desenvolvimento do feto até a décima segunda semana da gestação.
Em casos mais raros pode ocorrer dos dois lados, ou seja, uma fissura do lado direito e outra do lado esquerdo.
Não existem muitas explicações sobre a prevenção e a causa hereditária ou predisposição genética desta deformidade. O diagnóstico pode ser feito por meio de ultrassom entre o quarto e o quinto mês de gestação ou ainda logo após o nascimento, no exame clínico do recém-nascido.
Não é possível tratar a fissura labiopalatal na vida intra uterina, nem prevenir a deformidade. Após o diagnóstico é importante encaminhar os pais, a família e o paciente a um centro especializado em anomalias craniofaciais para receber orientações e cuidados com o bebê.
O acompanhamento médico é de extrema importância na prevenção de infecções nas vias respiratórias e orelha média. Há várias etapas terapêuticas e cirúrgicas envolvendo uma equipe multidisciplinar que acompanhará o paciente, dependendo do caso até os vinte anos de idade.
Os bebês têm dificuldades durante amamentação, fala e em alguns casos posicionamento dos dentes. Não existe urgência para que seja realizada a cirurgia assim que a criança nasce, deve ser feita quando o bebê apresentar boas condições físicas. Isto é possível somente após a avaliação de um cirurgião plástico especializado no assunto.
A prevalência deste defeito congênito é de um a dois indivíduos brancos para cada mil nascimentos, representando uma das malformações mais prevalentes no ser humano.